Mosteiro de Pombeiro: restauro em curso

A Direção Regional de Cultura do Norte tem em curso duas ações de conservação e restauro no Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras, integradas na Operação Mosteiros a Norte, cofinanciada pelo Programa Norte 2020.

O investimento global previsto para as duas intervenções ronda os 140 mil euros, estando já a decorrer a ação de conservação e restauro de dois retábulos da nave da Igreja (retábulos de Nossa Senhora das Dores e de Santo António e respetivas esculturas), cujo objetivo é melhorar a estabilidade estrutural, valorizando-se a vertente conservativa e restituindo, sempre que possível, uma leitura integrada do conjunto.

Irão agora iniciar-se os trabalhos de reabilitação pontual do piso térreo da galeria do claustro, da rosácea e da torre da Igreja, prevendo-se o isolamento do pavimento da torre sineira e a colocação de filtros UV na rosácea e janelões do coro-alto.

As intervenções deverão estar concluídas no início do 2º trimestre do próximo ano.

Sobre o Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro

Uma das mais antigas instituições monacais do território português, documentada desde o ano 853, foi transferido de local e reconstruído nos séculos XI e XII, embora pouco reste das campanhas construtivas empreendidas pelos monges beneditinos dessa época. Em 1112 recebeu carta de couto de Dona Teresa e foi patrocinado pela importante família dos Sousões de Ribavizela. Tornou-se um dos grandes potentados da região, acumulando vasto património fundiário e influência política.

A localização do Mosteiro, na interseção de duas das principais vias medievais da época – uma que ligava o Porto a Trás-os-Montes, por Amarante, e uma segunda que ligava a Beira a Guimarães e Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei – evidencia a significativa importância deste conjunto monástico Beneditino na região. É nestes espaços que os reis se instalam nas suas viagens e nos quais os peregrinos se albergam e recebem assistência. O poder da família que efetuou as doações e as dádivas dos fiéis permitiram a Pombeiro assumir-se como um potentado na região. Bens imóveis e padroados foram-se somando ao património do Mosteiro, que chega a possuir 37 igrejas e um rendimento anual muito cobiçado, proveniente das rendas e dos dízimos.

Sobre a Operação Mosteiros a Norte

Os MOSTEIROS A NORTE – Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades – constituem um importante legado da arquitetura religiosa monástica a norte de Portugal. Estão classificados como Monumentos Nacionais ou Imóveis de Interesse Público, sendo por isso prioritária a sua preservação, valorização e divulgação. Simultaneamente assumem pela sua dimensão e valor patrimonial, uma forte presença no território, e constituem pólos dinamizadores de atratividade na paisagem rural e urbana onde se inserem, pela proximidade com os respetivos centros urbanos de Arouca, Vila Nova de Gaia, Amares, Braga, Felgueiras e Barcelos.

Pretende-se com a implementação da rede de MOSTEIROS A NORTE dar continuidade às intervenções de consolidação do edificado, melhorando e criando espaços de receção/acolhimento, articulando com o reforço de iniciativas culturais e artísticas (criação da composição/paisagem monástica e ciclo de interpretação itinerante nos mosteiros) e de divulgação dos espaços monásticos como pólos de atração no território e consequente aumento do número de visitantes e criação de novos públicos. É objetivo desta Operação privilegiar a fruição e usufruto do património cultural como uma rede temática de grande valor resultante do aprofundamento da interpretação dos percursos de visita.

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Skype
Notícias Recentes
Hoje apenas lhe dizemos OBRIGADA. OBRIGADA por nos ter acompanhado ao longo dos últimos anos, OBRIGADA por ter estado connosco na proteção do património, na atividade dos museus e na dinamização cultural a Norte.
Siga-nos